quarta-feira, 27 de junho de 2007

Roque Callage ... Hoje !

" Recordar é viver ! "

Roque Callage ... 1971


Reuniôes, formação de comissões de Pais, entrevistas com o Sr. Prefeito, gestôes daqui, gestões de lá, travam-se conversações, surgem problemas sobre a área a ser desapropriada, alegações sobre a irregularidade do terreno, debates até na Assembléia Legislativa sobre o estado precário da escola, é enfocado também dificuldades no serviço de terraplanagem, obstáculos e mais obstáculos, tornam a tarefa cada vez difícil, e a vontade dos professores e alunos de terem uma escola nova, cada vez mais aguçada.

Professores, Direção, alunos, mães, comunidade em geral acompanham com grande expectativa o desenrolar dos acontecimantos e aguardam ansiosas a solução que viria tranquilizar aqueles que,esperavam a resposta para problema tão crucial. Então surge a notícia tão desejada, tão esperada, seria construído um novo prédio para o Grupo Escolar Roque Callage, na rua Cabral, 621.

E ... finalmente em 10/11/1971 - foi entregue para uso da Secretaria de Educação e Cultura o confortável e belo prédio onde, professores e alunos prosseguiram na sua nobre missão de levar adiante a tarefa de educar as gerações do presente para um Brasil futuro cheio de fé e cônsio de sua grandeza no concerto das nações !

Um pouco de história ...


Numa velha e antiga casa, nascia no ano de 1957, uma escola na rua Mariante, esquina com a rua Liberdade, que se destinava a abrigar as crianças que, nem pertenciam ao Grupo Escolar Rio Branco, nem ao Grupo Escolar Uruguai. Oriunda, da necessidade de levar a luz do saber a meninos e meninas dessa comunidade, a escola cresceu alimentada pela fé e pelo carinho dos professores que nela labutaram, amparada na alegria ingênua e pueril das crianças que, no dia-a-dia de sua vida escolar coloriam e alegravam o antigo prédio, transformado em casa de ensino. Assim passavam os dias, passavam os anos e ele o Grupo Escolar Roque Callage, abatido pela idade e corroído pelo tempo, começou a dar demonstração de fraqueza. O coração do velho casarão já não pulsava como no início ...Cada dia que surgia, vinha repleto de novos problemas, ocasionados pelos embates do tempo. Hoje um degrau de uma escada que vem abaixo, outro dia o assoalho de uma sala que afunda, salas térreas invadidas pela enxurrada nos dias de chuva e, apesar dos contra-tempos diários Direção e professores prosseguiam na sua dignificante tarefa de levar adiante as metas educacionais, ensinando, educando, orientando as gerações que lhe eram confiadas.Os anos se sucedem ... A situação precária do prédio se faz sentir de uma forma mais inten-sa, mais concreta. Já não é possível resistir a tão grandes impactos. Surge o movimento comunitário com o objetivo de construir um novo prédio para o Grupo Escolar Roque Callage.

Vida e obra de Roque Callage ...Nosso querido Patrono.




Roque Callage foi jornalista, escritor e historiador. Nasceu em Santa Maria a 15 de dezembro de 1888. Era filho do Sr. Luiz Callage e de D. Maria Callage. Casou-se em São Gabriel com D. Anita Ramalho. Deixou dois filhos: Alcides e Carlos.

Seu espírito era profundamente vinculado 'a escrita criola do extremo sul. Um dos valores puros da mentalidade meridional.

Fez parte das redações do ¨Correio do Povo ¨, ¨Diário de Notícias ¨e de vários jornais daquela época.

Foi sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Pertenceu 'a Academia Rio-grandense de Letras.

Obras:

Prosa de Ontem ( 1908 )

Terra Gaúcha ( 1914 )

Terra Natal ( 1914 )

Quero-Quero ( 1927 )

Escombros ( 1910 )

Rincão ( 1921 )

Vocabulário Gaúcho. ( 1923 )

No Fogão Gaúcho. ( 1929 )

Espelho da Revolução ( 1930 )

Faleceu em Porto Alegre, a 23 de maio de 1931.

Hino da Escola ...





Estribilho

Ó Grupo Roque Callage
Nossa casa, nosso lar,
Somos pássaros felizes
Que quiseste agasalhar

1.
Quando a vida amanhece pela rua,
Amanhece também em todos nós.
Nossa escola nos chama sempre cedo,
Pois a sua alegria é a nossa voz !

2.
A nossa frente temos, como espelho,
O vulto singular de um escritor
O patrono querido desta casa,
Que na vida escondeu o seu fulgor.

3.
Foi no chão do Rio Grande que viveu
E em seus livros palpita, vivo e ardente,
O perfil ondulante das coxilhas
E a estatura moral de sua gente.

4.
Deste Brasil imenso e generoso
Somos uma parcela pequenina
Mas também são pequenas as estrelas
E todo o céu com elas se ilumina.